
GUNNAR EKELÖF, poeta surrealista e modernista sueco, nasceu em Estocolmo em 1907 e morreu em Sigtuna em 1968. Segundo Marianne Sandels, "foi mestre na arte de descrever os sabores do Verão, a neblina que se ergue sobre os pequenos lagos à noite, os prazeres simples da vida rural, que lhe permitiam comungar com a Natureza. (...) Este amor pela paisagem sueca, embora simples e discreto, podia na verdade compensar a sua falta de entusiasmo pela «nova» sociedade sueca que então surgia". A Quetzal editou, em 1992, "Antologia Poética" com traduções de Ana Hatherly e Vasco Graça Moura. De partida para o longínquo norte, dois poemas:
ENTRE NENÚFARES
Escrevi uma introdução para o que teria dito
mas rasurei-a. - Quero no entanto
que antes de a noite me envolver
a última coisa que de mim se aviste
seja um punho fechado entre nenúfares
e a última coisa que se oiça de mim
seja uma palavra de bolhas de ar
tradução de Vasco Graça Moura
§
NO MERCADO DE ISFAÃO ...
No mercado de Isfaão,
no estrado,
mil e um corpos
mil e uma almas
As almas eram como mulheres.
tradução de Ana Hatherly
1 comentário:
Parabéns pelo blog. Procurei bastante por Gunnar Ekelöf e graças a esse post eu comprei o Antologia Poética dele. Valeu :D
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