(actualizado)Poeta, fotógrafo e dramaturgo lituano, JULIUS KELERAS nasceu a 3 de Março de 1961 em Vílnius. Terminou a sua formação musical na Escola Juozas Tallat-Kelpša, tendo posteriormente estudado Língua e Literatura Lituana na Universidade de Vílnius. Em 1989, foi admitido na Universidade de Ilinóis em Chicago, onde obteve o mestrado de Belas Artes. Durante dois anos trabalhou como editor num estúdio cinematográfico da Lituânia (1987-1988), na editora Lumen/Logos (1992-1995) e também no jornal semanal Darbininkas em Nova Iorque (1995-2001). Publicou seis livros de poesia. Os seus poemas foram traduzidos para inúmeros idiomas e publicados em jornais, revistas e antologias de vários países. Os seus trabalhos abordam, basicamente, razões existenciais. O poeta Nuno Guimarães inicia com este post a sua colaboração no Poesia Ilimitada como correspondente de poesia lituana deste blogue. Nuno Guimarães nasceu em 1960 em Moçambique. Aos 10 anos mudou-se para a cidade invicta onde veio a estudar na Universidade do Porto, tendo-se licenciado em Engenharia Civil. Presentemente encontra-se na Lituânia a desenvolver vários projectos culturais com o objectivo de estreitar o intercâmbio poético entre os dois países. O seu blogue pessoal encontra-se em http://www.poezijos-signalai.blogspot.com/. Os poemas de Julius Kelaras "há muito tempo acabado" e "encontro de lábios" foram traduzidos por Nuno Guimarães com a colaboração de Giedrė Šadeikaitė. seniai pasibaigusi aš noriu užstot tau lėktuvo šešėlį čia, kur džiovos apimtas sodas kvėpuoja vienu plaučiu aš noriu, kad čia pasiliktum, kur dešimtmečiais ligotas balandis iš balos nekyla seniai nusvarintu sparnu aš noriu būti tavo drugelis nulaužtos pušies nulaužtoj viršūnėj, kur niekaip negali prasidėti ana, seniai pasibaigusi, vazara § há muito tempo acabado quero cobrir-te da sombra do avião aqui, onde o jardim absorvido pela tuberculose respira com um só pulmão quero que fiques aqui onde durante décadas o pombo doente, com asa há muito tempo desistente, não levanta do charco quero ser a tua borboleta na copa partida do pinheiro partido onde, de nenhuma maneira pode recomeçar aquele Verão, há muito tempo acabado § pasiekus lūpas mane vis dar domina šalnų muzika, purvino sniego tikrovė, sandariai uždaryta akimirka, kai kūnas ima glaustis prie kūno kai upė ima bristi į upę, net nebandydama nusirengti, iškart panirdama į kitą matavimą, galimas daiktas, net skurdžioj vaikystės Arkadijoj galimas daiktas, tai netgi ne upė, ne judesys ir ne forma, tai rūbas, gaubiantis išnyrančius juos abu po keistai iškerojusia vyšnia, tai netgi ne vyšnia, tai labiau panašu į Angelo sargo šešėlį galimas daiktas, tai pojūtis, pirmąsyk nusiplikius ranką, pirmąkart nusibrozdinus kelį, pirmąsyk išvydus, kaip miręs žmogus nekalba, neatsistoja ir nesėda prie mūsų galimas daiktas, verta vėl mintyse išardyti krikšto mamos laikrodį senoj fotografijoj, kad patirtum, kaip tirta keliai, lūpoms pasiekus lūpas § encontro de lábios estou ainda interessado na música da geada realidade de neve morta momento hermeticamente fechado quando os corpos se começam a tocar quando o rio entra no rio mesmo sem se tentar despir afundando-se imediatamente noutra dimensão possivelmente, numa pura Arcádia de infância possivelmente, não é rio não é movimento, não é forma é um véu cobrindo os dois que se emergem sob estranha e frondosa cerejeira não é a cerejeira é como a sombra do anjo da Guarda possivelmente, é a sensação a primeira vez que queimas a mão a primeira vez que arranhas o joelho a primeira vez vendo um corpo morto que não fala, não se levanta e não se senta perto de nós provavelmente, no pensamento vale a pena outra vez desmontar o relógio da madrinha que descansa na velha fotografia para experimentar como tremem os joelhos com o encontro dos lábios
sábado, janeiro 22, 2011
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1 comentário:
...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
COMPARTIENDO ILUSION
JOAO LUIS
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE ALBATROS GLADIATOR, ACEBO CUMBRES BORRASCOSAS, ENEMIGO A LAS PUERTAS, CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.
José
Ramón...
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